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Pare de usar sabonetes antibacteriano: Estudo conclui seus efeitos agressivos ao ser humano.




Sabonete antibacteriano tem intenções comerciais muito claras. Mas e seus efeitos?

Um novo estudo concluiu que os sabonetes antibacterianos que contêm triclosan (ou triclosano) em sua composição química não são melhores na remoção de bactérias de suas mãos do que um sabonete convencional. Isto levanta questões sobre a necessidade de utilizar o produto químico, que tem sido rotulado como potencialmente perigoso.


O mercado do sabão antibacteriano é um grande negócio. O setor fatura cerca de bilhões ao ano, só nos Estados Unidos. No entanto, o agente antisséptico mais amplamente utilizado nestes sabões, o triclosan, tem sido associado à resistência a antibióticos, alergias e interferência no sistema hormonal em mamíferos.


Como se isso tudo já não fosse preocupante por si só, um outro estudo também encontrou neste agente um grande potencial cancerígeno. Estes efeitos potencialmente prejudiciais chamaram a atenção das autoridades que, possivelmente, devem restringir o seu uso.

O estudo

O estudo que chegou a esta conclusão olhou para o efeito do sabão antibacteriano em 20 variedades de bactérias perigosas, incluindo Escherichia coli, Listeria monocytogenes e Salmonella enteritidis. Os pesquisadores colocaram colônias em placas de Petri com sabonete antibacteriano ou normal e aqueceram os conjuntos a 22 graus Celsius ou a 40 graus Celsius, simulando a exposição à água em temperatura ambiente e à água quente, por 20 segundos.

Depois desta experiência, os pesquisadores deram continuidade aos testes para ver como o sabão antibacteriano se comportava na vida real, por assim dizer, em vez de no laboratório. Para isso, eles precisaram, naturalmente, de alguns voluntários.

Estes voluntários tiveram suas mãos revestidas com a bactéria Serratia marcescens (uma espécie frequentemente encontrada em banheiros), e foram convidados a lavar as mãos por 30 segundos. O procedimento foi realizado por dois grupos de maneiras diferentes, de forma que um deles utilizou sabão convencional e outro usou sabão antibacteriano contendo 0,3% de triclosan, o máximo permitido em produtos vendidos na União Europeia, Canadá, Austrália, China e Japão.

Nada mudou

Depois de não conseguirem encontrar uma diferença no efeito bactericida entre os sabões, os investigadores analisaram os dados obtidos através das experiências para ver quanto tempo levava para o triclosan matar as bactérias. Usando a mesma concentração de antes, eles descobriram que ele era apenas eficaz se os microrganismos ficassem “em banho maria” na substância por mais de nove horas. Isso simplesmente não acontece na vida real.

Ou alguém aí tem tempo para ficar nove horas com as mãos de molho?

O que fazer?

Pessoas que compram sabonete antibacteriano devem estar cientes de que eles podem não ser tão eficazes como anunciado, em condições normais de lavagem das mãos. 

Crédios: HypeScience, Fonte: flscience
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