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Por que a Via Láctea não possui tantas galáxias satélites ao seu redor?


Pesquisas conduzidas Philip Hopkins, um astrofísico da Caltech, apresentadas em uma coletiva de impressa em um encontro da American Astronomical Society, sugerem uma possível resposta para a pouca quantidade de galáxias satélites circundando a Via Láctea. Explosões colossais de supernovas, e de estrelas com enorme massa, poderiam ter varrido para o espaço a maior parte do material necessária para a formação dessas pequenas galáxias satélites.

De acordo com teorias a cerca de como as galáxias evoluem, a Via Látea deveria ter várias pequenas galáxias satélites em seu entorno, entretanto o número real se resume a poucas galáxias. As de brilho mais intenso que são encontradas, são muito leves em comparação com o que se tem de conhecimento sobre a formação de um sistema galáctico, sugerindo a ação de alguma forma que impossibilitou a formação de mais galáxias e de composições mais pesadas.

Realizando uma simulação computadorizada com a finalidade de projetar e acompanhar a formação e evolução de galáxias, até atingirem o nível de estrelas individuais, expôs o cenário crítico que as supernovas podem desempenhar para desvendar este enigma que intriga pesquisadores em torno da formação das galáxias no Universo.

“Nas galáxias não basta formar estrelas e permanecerem lá”, disse Hopkins. “Se você mensurar a energia que as supernovas emitem durante a vida de uma galáxia, observará que é maior do que a energia gravitacional segurando a galáxia juntos. Você não pode ignorar isto”.

As simulações baseiam-se em conduzir o crescimento de uma galáxia organicamente dentro de um computador, traçando a evolução de um sistema, como a Via Láctea de mais de 13 bilhões de anos. Dentro de uma bolha virtualizada de matéria escura, realizando a coleta de gases e fragmentos em berçários estelares. Estrelas nascendo e morrendo neste universo, gerando explosões que dissipam uma enorme quantidade de massa destas estrelas, demonstram uma história galáctica extremamente turbulenta, afirma Hopkins. Estas simulações são limitadas, pois existem inúmeras variáveis sobre os efeitos das supernovas, impossibilitando captar toda a física que o evento proporciona no cenário real.

“Como essas estrelas se formaram rapidamente no início do Universo, elas também vivem brevemente e explodem e morrem violentamente, ejetando o material longe da galáxia. Elas não estão apenas expelindo o gás, estão também agitando a matéria escura, assim impedindo uma infinidade de galáxias satélites de formar, e a destruir para aqueles poucos que sobrevivem.”, disse Hopkins.

A teoria levantada por Hopkins não é algo novo, diz Janice Lee, um astrônomo do Space Telescope Science Institute em Baltimore. Mas as simulações de Hopkins trouxeram muito mais detalhes para essa história, e que é uma razão plausível para a falta de satélite da nossa galáxia.

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