A vida pode ter sido espalhada pela galáxia como um vírus
Uma das perguntas mais cruciais da humanidade é sobre a origem da vida na Terra. Sabemos que as condições do planeta são excelentes para desenvolver e sustentar espécies, mas em que ponto tudo começou? E de onde veio?
Não faltam teorias para tentar explicar nossa existência sobre o planeta, como a Teoria Cosmozóica, que alega que a vida foi trazida de outro ponto do universo sob a forma de esporos resistentes em meteoritos que passaram ou se chocaram com a Terra.
É por isso que a busca por vida alienígena, seja em forma microscópica ou avançada, é tão importante, já que ela pode revolucionar nossa compreensão do nosso lugar no universo. E isso não é importante apenas porque descobriríamos finalmente que não estamos sozinhos na galáxia, mas também porque pode nos ajudar a descobrir as origens da vida na Terra.
Teoria Cosmozóica: a vida na Terra poderia ter chegado através de um meteorito
Espalhando no universo
A Panspermia é uma teoria que sustenta que a vida na Terra tem origem em outro planeta. Mas essa hipótese é bastante controversa, porque a maioria dos biólogos diz que ela só empurra o problema – já que ela não explica o que provocou a vida, em primeiro lugar. Além disso, há pouca evidência para acreditar que a vida em outro planeta seria parecida com a que vemos por aqui.
Para Henry Lin e Abrahan Loeb, da Universidade de Harvard, se conseguirmos encontrar evidências de vida extraterrestre, a distribuição dos planetas habitados poderia ser uma “prova clara” da Panspermia. Segundo eles, se a vida surge em um planeta e se espalha para os outros, deve haver um padrão agrupado em torno da galáxia, com espaços vazios entre as regiões.
Áreas em verde simbolizam as bolhas de vida na galáxia. A Terra estaria dentro de uma delas.
Nesta hipótese, que imagina bolhas de planetas “infectados”, não importaria se a vida extraterrestre fosse distribuída através de naves espaciais ou cometas que transportam seres microscópicos.
“Não é muito diferente de uma epidemia”, afirma Lin. "Se há um vírus, você tem uma boa ideia de que um de seus vizinhos tem um vírus também. Se a Terra está semeando vida, ou vice-versa, há uma boa chance dos vizinhos imediatos também terem sinais de vida”, concluiu o estudante de astrofísica.
Concepção artística do Kepler-186f, um dos exoplanetas com maiores chances de encontrarmos vida fora da Terra
Planetas habitáveis
Os cientistas já conseguiram encontrar mais de dois mil exoplanetas e a próxima geração de telescópios deverá ser capaz de pesquisar a atmosfera destes planetas, analisando suas atmosferas em busca de sinais reveladores sobre a vida. Segundo os pesquisadores, seriam necessários cerca de 25 planetas habitáveis para confirmar a distribuição.
Entretanto, a visibilidade destas bolas vai depender de como a vida se espalhou rápido pela galáxia. A via láctea tem bilhões de anos de idade, e as estrelas tiveram muito tempo para se mover. Portanto, esse tipo de informação pode ser um golpe de sorte. Resta aguardar mais informações de vida alienígena para comprovar ou não a teoria dos estudantes.
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